Entrevista com “O Luan Marinho”, o novo Apresentador da Liga NFA
O templo do cenário emulador! Após a chegada da pandemia e um desligamento da empresa onde trabalhava como Monitor de Qualidade, Luan Marinho começou a etapa mais importante de sua vida. “Investi parte da rescisão que recebi em um computador mediano, para eu poder jogar e produzir conteúdo para internet. Este era um sonho que ficou reprimido durante anos, então tomei coragem e decidi buscar o que estava predestinado a fazer”. Revelou Luan, em entrevista ao Depois do Booyah, sobre um dos pontos mais importantes de seu sonho, que era poder trabalhar com games.
Luan Marinho é apresentador de esports, e o mais novo Caster da Liga NFA, principal organizadora dos campeonatos de Free Fire emulador que o Caster afirma ser “O templo do cenário emulador”.
Tivemos a honra de entrevistar o apresentador, que nos contou sua ligação com os games desde sua infância até a realização do seu sonho de trabalhar com games.
O início da carreira como apresentador
Depois do Booyah – Como começou no mundo dos games?
Luan – Bom, como muitas crianças lá nos anos noventa e dois mil, um dos meus primeiros contatos com o mundo dos games veio através de um Super Nintendo que eu ganhei do meu pai. Além disso, eu pude acompanhar bastante a febre das Lan House. Ainda mais, foi uma época onde eu me apaixonei eternamente por jogos de FPS como Counter-Strike 1.6, o Counter-Strike Source e outros títulos como Point Blank e CrossFire.
DDB – O que te levou a se tornar um caster e produzir conteúdo sobre o Free Fire?
Luan – Lá com meus 19 anos em 2020, vivendo em meio a uma pandemia após ser demitido, eu tomei coragem e decidi dar as caras para buscar o que estava predestinado. Parte da rescisão foi investir em um computador mediano, para poder jogar e produzir conteúdo para internet. E com menos de 1 mês após dar o primeiro passo, vi uma grande oportunidade na “Inter Produções”, uma empresa que atua na área de Produção de Eventos e que estava promovendo algumas lives profissionais para artistas independentes que estavam limitados pela pandemia.
Com o objetivo de revelar novos talentos do jogo que era um fenômeno absurdo no mundo inteiro. Montei uma apresentação para convencer o dono da empresa de que seria uma boa ideia criarmos um campeonato de Free Fire para comunidade.
Acreditando no projeto, a Inter Produções financiou toda a estrutura para que pudéssemos realizar as primeiras competições, algo jamais visto antes no cenário amador de Free Fire. Foi assim nasceu a INTER CUP FF, que contou com três edições e diversos jogadores revelados para o cenário.
A Inter Produções me impulsionou como artista, acreditou e tornou real meu sonho de poder trabalhar com games.
A CHEGADA NA ELITE
Após ganhar notoriedade em meio a comunidade amadora do Free Fire, 2021 foi o ano que tudo mudou em sua carreira. “Tive a grande oportunidade para mostrar meu potencial em uma competição elite de, o GrandSlam Championship. Ainda mais, certo de que eu me tornaria um dos grandes nomes na função, na posição de Host que eu sempre almejei.”
“Cheguei na elite como peça coringa, graças a bagagem que eu trouxe do amador de lidar em todas as frentes. Mas, desde o início sempre quis ser o cara do pré-jogo, mediador das conversar, mestre de cerimónia. Meu objetivo era ser linha de frente nas câmeras, e a narração foi o meio que encontrei para abrir as portas e escalar até onde cheguei hoje.”
O TEMPLO DO CENÁRIO EMULADOR
DDB – Como chegou a oportunidade de participar do Corinthians esports?
Luan – Fui sondado por eles por ser um dos talentos do Free Fire mais apaixonado pelo time. E como torcedor Corinthiano, assim que ingressei no FF me imaginei podendo fazer algo grandioso representando o Corinthians. Algo que a torcida realmente gostaria de ver.
Consultei todas as competições que eu estava vinculado para saber se teria algum conflito de interesses… Aceitei o desafio e desde então tenho construído algo lindo com a torcida. E nada disso impactou no meu profissionalismo como comunicador imparcial nas competições em que trabalho.
E uma das conquistas que mais me emocionou, foi ver toda a comunidade muito feliz por eu subir no palco da LBFF representando não só o Corinthians, mas sim todo o cenário que me viu crescer no meio amador e chegar no palco da principal competição. Ver todos gritando meu nome foi a maior validação que eu poderia ter em todo esse tempo. Esse carinho que o cenário tem por mim me enche de gás e me deixa muito animado, ainda mais agora que estou prestes a estrear na Copa NFA, que pra mim é O Templo do Cenário Emulador de Free Fire.
DDB – O que você espera para este segundo split da Copa NFA?
Luan – Assim como meus colegas Samuca e Cabelo já falaram, a COPA NFA tem um tempero diferente. Ainda mais, por se tratar de uma competição curta, espero um clima de final em todas as rodadas. Além disso, pelo fato da COPA já ter acontecido presencialmente, contado com o Hopi Gaming Festival que foi uma edição especial presencial, eu acredito e espero que as equipes joguem todas as rodadas com sangue nos olhos.
Teremos uma NFA presencial este ano?
“Eu amo estar no estúdio. Essa Copa NFA vai ter a minha melhor versão comparado a qualquer outra coisa que eu já tenha feito até aqui. Isso porque eu estou com muito tesão e ansioso para estar no estúdo”. Comentou Luan, que além disso revelou que quando as câmeras estão ligadas, é como estar na Disney.
DDB – Pra finalizar. Você está animado para uma possível competição presencial da NFA este ano?
Luan – Sim, estou animado. Os presenciais da NFA são sempre marcantes, sempre históricos.
O presencial tem toda uma atmosfera diferente. Eu costumo dizer que, no presencial não se ganha só dentro do jogo, não é somente na bala. Por exemplo, a maneira que se entra no estúdio, que se olha ou cumprimenta o adversário, tudo isso conta. Para ganhar um presencial, as equipes e os jogadores precisam de uma mente blindada, e isso requer preparo psicológico.
Então, sim! Eu estou mais que animado para uma NFA presencial. Digo mais, anseio por isso e quero muito apresentar um presencial pela Liga NFA.
